Situada no centro histórico de Porto Alegre, cercada por prédios públicos que expressam o visível contraste social, a vila Chocolatão abriga, aproximadamente, 200 famílias carentes de necessidades previstas nos Direitos Humanos, como moradia, alimento, saúde pública e, sobretudo, esses aspectos interligados. A principal atividade econômica dessas famílias é a coleta de lixo reciclável. Como não há uma um estrutura sólida para que haja a separação do lixo em um ambiente adequado, a triagem ocorre ao longo da ocupação, gerando, dessa maneira, acúmulo de lixo e comprometimento com as condições de higiene.
Os moradores já sofreram vários incêndios por conta da ligação de energia clandestina e do excessivo material inflamável, causando, dessa forma, a perda da matéria prima de sustento –lixo reciclável- e, também, do único lugar onde eles podem se esquivar das intempéries do clima.
Há tempos espera-se uma solução para essa comunidade que vive de coleta de lixo reciclado no centro da cidade. Por conta dessa necessidade, a prefeitura projetou o reassentamento’ dessas famílias para as novas moradias que se localizarão na Avenida Protásio Alves, zona leste da cidade, onde permitirá que haja melhores condições de habitação, porém, não possibilitará que haja um meio para o sustento dessas famílias, já que a maioria do lixo produzido encontra-se no centro da cidade.
Outra divergência a ser discutida é quanto ao deslocamento dessas famílias, que poderão causar divergências sociais e instabilidade quanto à harmonia da nova comunidade.
Questiona-se, portanto, se a melhor alternativa é o reassentamento ou a regularização da ocupação local.
Por: Glaucia Andrade e Yan Kaue Brasil.
Por: Glaucia Andrade e Yan Kaue Brasil.