segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Da Pluralidade da Arte

“A ideia torna-se a máquina que origina a arte." 
Sol LeWitt


A arte conceitual é aquela que considera a idéia, o conceito por trás de uma obra artística como sendo superior ao próprio resultado final, sendo que este pode até ser dispensável.
O mais importante para a arte conceitual são as idéias. A execução da obra fica em segundo plano e tem pouca relevância. Além disso, caso o projeto venha a ser realizado, não há exigência de que a obra seja construída pelas mãos do artista. Ele pode muitas vezes delegar o trabalho físico a uma pessoa que tenha habilidade técnica específica. 
O que importa é a invenção da obra, o conceito, que é elaborado antes de sua materialização.
Apesar das diferenças pode-se dizer que a arte conceitual é uma tentativa de revisão da noção de obra de arte arraigada na cultura ocidental. A arte deixa de ser primordialmente visual, feita para ser olhada, e passa a ser considerada como idéia e pensamento.

Javacheff Christo








quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Da prática Costumeira


“A idéia é a rotina do papel
O céu é a rotina do edifício
O início é a rotina do final
A escolha é a rotina do gosto
A rotina do espelho, é o oposto.
A rotina do jornal é o fato
A celebridade é a rotina do boato
A rotina da mão é o toque
A rotina da garganta, é o rock.
O coração é a rotina da batida
A rotina do equilíbrio é a medida
O vento é a rotina do assobio
A rotina da pele, é o arrepio.
Toda rotina, tem a sua beleza."
Dias projetados.
Despertador, soneca, despertador. Luz, preguiça, armário, armário, armário. Banheiro, espelho, água, toalha. Cozinha, geladeira, café, torradeira, mesa, pia. Banheiro, escova, água. Quarto, cabelo, perfume. Bolsa, chave, caderno, celular, porta. Caminho, Universidade, porta, pranchetas, colegas, risos, professores, aula, sono. Escalímetro, esquadro, compasso, borracha, lapiseira, régua, borracha. Desenho, projeto, planta, nível. Meio- dia, casa, quarto, chinelo, internet, congelador, panela, almoço. Sofá, internet, intenet, preguiça, louça. Atraso, banheiro, quarto, Universidade. Aula, sono, xerox, sono, intervalo. Lanche, aula, casa, alívio, internet, banho, leitura, internet. Cozinha, leite, chocolate, internet, trabalhos, sono, persistência, resistência, sono. Cama, cobertor, conversa, sono, travesseiro, sonho!
Por: Flávia Regina Oldoni e Josiane Andréia Scotton.


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Questionamentos ou sei lá o quê

Encontrarmo-nos. Parece surrealismo, às vezes. Nosso golden times não é agora e isso parece frustrar-nos tanto. E sofremos buscando algo que não nos é permitido -ou que nos é limitado. Quem sabe algo mais agressivo; mais antiquado; mais cafona. Pós-moderno ou anti-moderno. Quem sabe algo tão mínimo quanto less is more ou algo tão místico quanto less is a bore. Questionarmos o que sentimos é bom, até que isso se torne tortura; punição; ostracismo a um mundo cheio de dúvidas que alimenta a nossa razão de incertezas. E isso só acaba quando a mente pensa e analisa o passado - ou o futuro, whatever- a modo que esses se tornem um antídoto às nossas dores psicanalíticas instantâneas. Quando o que nos fascina é o futuro as dores não são curadas com qualquer analgésico, é mais difícil. O futuro é tão dúbio quanto o agridoce. E se o ceticismo tomar-nos a mente, nem Deus, no seu maior grau de onipotência, nos dará o mérito de saber desses tempos. Tempo é dinheiro a partir do momento que corpo é desespero; desespero por calma, por reflexão, por angústia de ter o que nunca se teve ou o que parece ser muito longínquo. E o altruísmo se vai. A caridade vira modismo e a distinção entre 'saber' e 'ter-um-dicionário-repleto-de-ismos' se torna pequena, porque somos máscara antes de carne, antes de vísceras, antes de ossos. Nos é pungente a vontade de aparecer antes de sabermos qualquer coisa a respeito de nós mesmos. Não encontramos o nosso golden times porque nem ao menos nos encontramos. Ficamos à mercê das nossa próprias limitações, não importa quais sejam elas, mas ficamos, pois a superficialidade nos toma conta e nada mais é tão nítido quando a dúvida, em nossas faces amedrontadas.
Por: Yan Kaue S. Brasil

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

da magia das máscaras


 “Procura-se em cada máscara sua íntima verdade e múltiplos mistérios, rituais de vida e passagem. Em ti, em mim, as variadas faces mutáveis e sucessivas de atuação. Confronto defesa coragem. Pretende-se e aprende-se, assim, a usar de encantamento, magia, sedução, para a sobrevivência e afirmação, até o final momento de transformação.”  
(Lourdinha Biagioni)

As máscaras podem ser vistas como um elemento simbólico, cênico, cultural e de enganação. Os povos africanos, os gregos, os romanos e os italianos utilizaram e utilizam as máscaras para diferentes fins. São usadas em festas para deuses e representação de espírito, danças, bailes e teatros, nos tradicionais carnavais de Veneza e do nordeste brasileiro ou simples adereços para festas.
A partir dos diferentes conceitos e efeitos das mascaras o Grupo ViverAU realizou uma oficina de máscaras no dia 15 de Setembro. Foi utilizada a técnica da gaze engessada. Os integrantes do grupo foram os “modelos vivos” para a concepção das mesmas. De diferentes tamanhos, formas e cores elas se tornam a nossa expressão.

Imagem: Acerto ViverAU