Ao continuar as discussões sobre arte pública e o Projeto Muros, o Grupo Viver AU está a trabalhar em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Paulo Bento, que ofereceu dois muros, em duas escolas municipais, para que o Grupo Viver AU interviesse nestes.
No dia 09 de março ocorreu a primeira visita do grupo à cidade, onde foram realizadas atividades interativas com as crianças de ambas as escolas, como tangram e pintura, de modo a entender melhor o cotidiano dessas crianças nessas escolas e termos uma base para o início da discussão sobre o que seria a arte pública e como ela seria vista nos locais a intervir. Nesse dia também foram tiradas as medidas dos muros das escolas para o início do processo criativo da intervenção.
Imagens: Franciele Bervian e Michele Zwirtes.
No encontro do dia 12 de março, o grupo discutiu conceitos de arte pública segundo embasamento sugerido no encontro anterior, - o livro "Arte Pública: diálogo com as comunidades" de Fernando Pedro da Silva - e então iniciou-se o processo criativo das pinturas: com lápis e papel na mão, os integrantes discutiram e fizeram uma série de desenhos que permitiram uma reflexão mais profunda e prática sobre o que é e como será vista a arte pública nos muros das escolas de Paulo Bento.
No dia 16 de março os integrantes dirigiram-se novamente a Paulo Bento para refletir in loco sobre a intervenção a se realizar. Neste dia, parte dos integrantes do grupo foi recebida pelo prefeito de Paulo Bento, Gabriel Jevinski, em seu gabinete, para ouvir um pouco sobre a história e as atividades do município, bem como para explanar sobre os trabalhos de intervenção nas escolas.
Imagens: Arquivo da Prefeitura Municipal de Paulo Bento.
Novamente, houve uma conversa com as crianças e então pode-se decidir, após o tempo necessário de estudo e análise, o que aparecerá nos muros das escolas.
Imagem: Emanuele Cenci.
Todo esse processo de reflexão antes de iniciar a intervenção permite aos integrantes do grupo uma reflexão profunda sobre a arte pública aplicada à realidade do local em questão, de modo a desenvolver a capacidade de observar e analisar criteriosamente as condições de um local antes de intervir nele.
"Há algo que liga o arquiteto ao ser social. Sem essa ligação, não há arquitetura, não há sociedade." (Franciele Bervian).
Por: Rafael Kalinoski.