Mário Quintana
"Nós deveríamos, portanto, confinamo-nos à música, a Arquitetura, a Escultura e a Pintura (...) Essas quatro são irmãs; as duas primeiras, gêmeas: para tal, observa-se que elas não se originam na imitação dos entes naturais, como o fazem a Escultura e a Pintura".
Viollet-le-Duc, 1987.
A relação música-arquitetura é muito próxima os princípios da primeira podem contribuir para o desenvolvimento da segunda. A motivação para integrar musica à arquitetura vem desde os primeiros momentos históricos da musica ocidental – esse vinculo mostrou-se mais que um capricho, uma necessidade. A necessidade de ordenar sob um preceito sublime tudo aquilo que fosse fruto construído da ciência humana. A semelhança dos métodos compositivos da arquitetura e da musica, o ordenamento das células espaciais e temporais.
Uma circunstância que pode ser observada: ciências com objetos distintos entre si agora estão começando a assemelhar-se em seus métodos. A base dessa crescente semelhança é a continua busca pelo conhecimento absoluto. É possível identificar lógicas compositivas de alguma forma semelhantes, que resultam na construção de um modelo de tradução entre a linguagem musical e a linguagem arquitetônica.
Do texto: À Luz da Cadência – A Música na Arquitetura de Fernando Almeida.
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