Imagem: Gelsumina Noal Carraro na inauguração do Pequeno Jornaleiro
Imagens: O vendedor de Jornais depredado
Imagens: Manifesto contra a depredação do Vendedor de Jornais
“O ‘Vendedor de Jornais’, um preito de reconhecimento e homenagem ao pequeno anônimo, que na sua simplicidade extrema leva, de casa em casa, o jornal diário, deliciando-se com os dias de sol e sofrendo pela violência das chuvas e do frio, é uma obra de arte do conhecido escultor italiano Mateo Tonietti, que há muitos anos reside na cidade de Rio Grande (RGS).”
Hora do Munícipio; Revista Ercehim, 30 de Abril de 1952
A partir da reurbanização do centro da cidade pelo arquiteto Dr. Francisco Riopardense de Macedo na década de 1950, várias estátuas foram sendo colocadas ao longo da Avenida Sete de Setembro, segundo o proposto em seu projeto. Assim, a estátua o Vendedor de Jornais foi um presente de Gesolmina Carraro ao 34° aniversário da cidade de Erechim no ano de 1952, com a finalidade de homenagear o trabalho daquelas crianças/ adolescentes que dedicavam parte do seu tempo diário a entrega de jornais.No contexto histórico em que a estátua foi concebida, o trabalho infantil era natural, a fim de cooperar com o sustento da casa, as crianças entregavam jornais, em um período diferente do escolar, na maioria dos casos. Esta foi à realidade retratada na estátua, onde o menino está sentado descansando do trabalho já realizado, originalmente fumando. Mas o que infelizmente constatamos foi o vandalismo anônimo praticado contra a mesma, onde todas as suas partes foram quebradas, restando apenas o suporte de concreto que era sua base. Com o objetivo de manifestar nossa preocupação perante o fato ocorrido, nós do grupo de arquitetura e urbanismo – VIVER AU, realizamos no dia 08/04/2011 um manifesto de terrorismo poético no lugar onde a estátua ficava. Para tal, usamos máscaras e adereços em jornais, além de representamos a estátua com um voluntário do grupo envolto em fitas de segurança, cuja única intenção foi sensibilizar as pessoas que passavam na rua para a deturpação do patrimônio público.
Por: Camila Chaves Rael Lauret
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